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Anni-Luh Kaiser

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Mensagem por Lucrécia Mccarthy Seg Set 19, 2016 9:42 pm

Muitas vezes, o poder se mostra na cor vermelha. Vermelha como o sangue derramado para que seu possuidor possa se erguer. Com tal sangue, também se levantam intrigas, escândalos e traições ansiando por aquele poder que com tanto esforço foi conquistado. Muitas das traições, por parte dos consanguíneos tão anelantes daquilo que a seus semelhantes foi outorgado, contudo, sem nunca poder tocar. E partindo das traições, desfechos tristes para aqueles que realmente sabem como manter o poder, pois desde tempos antigos, como já dizia Niccolo Machiavelli, é melhor ser temido do que ser amado, justificando assim árduos sacrifícios. E foi assim, na base de sangue comum que se ergueu a família Kaiser Nordskøv. Seu patriarca, por meio de mentiras, estafas e assassinato conseguiu elevar-se até a alta sociedade dinamarquesa, mantendo por oculto todos seus sujos segredos. Assim, rodeado de riqueza, influência e fama, não demorou a levantar o ódio de seus comuns, seus irmãos, sangue de seu sangue que, sem duvidar, conspiraram contra aquele homem que os havia erguido até onde estavam. Com a dor da traição, Regulo Kaiser Nordskøvse obrigou a dar controle naqueles que o haviam traído, mantendo-se então como único integrante vivo da família. Egoísta, frio e manipulador, Regulo nunca casou-se por amor, mas sim pela beleza e fortuna da mulher que havia captado sua atenção, terminando por assassiná-la após o quinto filho, de modo a não permitir que a mulher tomasse sua fortuna. Assim, nasceram Niels, Urlich, Kyeva, Freva e Agnes.

Não muito após todos chegarem até sua idade de compreensão, vários foram arrastados por Niels a conspirar contra o próprio pai. A Regulo não mais opção restou que, com aperto no coração, enforcar quatro dos cinco filhos, restando apenas Kyeva, aquela que, para todos os fins, havia sido sua única graça em toda a vida. Assim, sabendo que teria a reger tudo aquilo que lhe pertencia, o velho finalmente pode morrer em paz, passando o império sombrio e toda a fortuna para as mãos da única filha que lhe restara. E não diferente do pai, Kyeva empenhou-se em aumentar ainda mais seu poder. A diferença é que, apesar da vaidade e do egoísmo, Kyeva sabia amar. Até certo ponto. Quando conheceu Érebo, apaixonou-se a primeiro olhar. E dos fervorosos lençóis eis que surgiram duas crias: Andreas, o decepcionante primogênito e Anni-Luh, a maldita libertina. É claro que Kyeva casou-se para manter as aparências, Morten fora o escolhido. Para todos os fins os gêmeos eram filhos de Morten e Érebo nunca havia existido na vida de Kyeva.

Andreas E Anni-Luh sempre foram unidos, partilhavam do ódio pelos pais. Assim, juntos, por fim conspiraram. A primeira tentativa daquela geração. Tendo dado certo, contudo, sem objetivar Morten, mas sim Kyeva, a mãe. Sem piedade e como um “experimento científico”, aos 12 anos, os dois afogaram Kyeva. Ninguém descobriu graças a genialidade das crias. Um ano após o ‘acidente’ da mãe veio a descoberta da verdadeira paternidade, Érebo, o deus primordial das sombras. Levados por uma onda de raiva por todas as mentiras que eram repassadas sua segunda vítima foi feita. O padrasto: Morten, é claro que não escapariam desta vez, pois desta vez haviam mostrado sua verdadeira natureza. A verdadeira crueldade, a pior e mais intolerável de todas: A estupidez. Érebo tomou todas as providências para livrar os gêmeos das mãos mortais, Anni-Luh e Andreas foram mandados para o acampamento primórdio aonde foram treinados por anos até finalmente se erguerem como dois dos líderes do local. Enquanto Anni mostrava uma empatia e felicidade assustadora, também mostrava um sadismo e uma sede por sangue inimaginável. Quando a guerra foi perdida essas duas características ficaram ainda mais marcantes na garota Nordskov.

Nos primeiros anos da imortalidade tudo parecia normal, estar presa era algo que Anni podia aguentar, mas enquanto via seus comuns definharem, suas linhagens desaparecerem, seus nomes serem esquecidos, sua sanidade escorregava por seus dedos, mas demorou quase um século para mente de Anni-Luh colapsar. Foi em uma noite do inverno Islandês que Anni finalmente cedeu as investidas de Caos concordando em gerar uma criança para o deus e assim como sua mãe, deitou-se com o primordial em lençóis suados e marcados pela paixão fervorosa de uma noite. Na noite seguinte foi que tudo se perdeu, Anni tentou correr, ela tentou lutar, mas não há luta contra o deus da guerra. E assim Ares a reclamou como um prêmio. Anni-Luh gerou dois bebês, assim como nas histórias de Castor e Polux, gêmeos de pais olimpianos diferentes. Um menino de Caos e uma menina de Ares, as crianças drenavam suas forças enquanto ela os gerava, mas Anni amava suas crianças. E quando elas nasceram tudo que Anni podia pensar era que tentariam tira sua pequena Anarchy de si, ela não podia permitir, não mesmo, a menina tinha sobrevivido ao irmão dentro do ventre! Ela era preciosa, não importava sua concebidão, ela era de Anni, e apenas dela. Com a ajuda da Lyanna e Andreas a menina foi escondida sob o pretexto de que apenas o menino havia sobrevivido.

Por anos todos pensaram que esta realmente era a verdade, apenas Noah era visto nas ruas da ilha, na casa, no colo de Anni. Só Noah parecia existir, mas no quarto de Anni escondida estava Anarchy, sua menininha de ouro. Quando o manto de Aurora foi colocado Anni finalmente pode mostrar a filha ao resto dos moradores, mas a obsessão e a possessividade de Anni para com Anarchy não deixavam que a líder ficasse muito tempo com a menina fora da casa, muito menos deixar Anarchy sair sem sua permissão. Quanto a Noah, este era colocado perto da mãe tanto quanto Anarchy enquanto Anni deixava claro que ambos eram dela. Propriedade dela. E ninguém mais.

Lucrécia Mccarthy
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